Lançado em 1916, “Intolerância” é um marco do cinema mudo americano, dirigido pelo visionário D.W. Griffith. Esta epopeia cinematográfica, com uma duração de mais de três horas, entrelaça quatro histórias distintas ao longo de diferentes períodos históricos: a Babilônia antiga, a França durante as Guerras Religiosas, a América Colonial e a Guerra Civil Americana.
Cada história retrata temas universais como amor, ódio, intolerância, vingança e perdão. Através de uma linguagem cinematográfica inovadora para a época – com close-ups dramáticos, tomadas panorâmicas impressionantes e montagem dinâmica – Griffith cria um espetáculo visualmente impactante que ainda hoje fascina o público.
Um Elenco Estrelar em um Palco Histórico:
Personagem | Ator(a) | História |
---|---|---|
Princesa da Babilônia | Mae Marsh | A Babilônia Antiga |
Montano, o Rei | Alfred Paget | A Babilônia Antiga |
Madame de la Tour | Lillian Gish | França (Guerras Religiosas) |
Lord De La Tour | Ralph Graves | França (Guerras Religiosas) |
Elesa | Constance Talmadge | América Colonial |
Griffith trabalhou com um elenco de atores talentosos da época, incluindo Lillian Gish, Mae Marsh, e Robert Harron. A atuação deles é marcante, transmitindo emoções intensas através de gestos sutis e expressões faciais expressivas, considerando as limitações do cinema mudo.
Temas que Transcendem o Tempo:
“Intolerância” aborda temas complexos e atemporais que continuam relevantes hoje. O filme critica a intolerância religiosa, social e política, mostrando como ela pode levar à violência, destruição e sofrimento humano. Através das histórias de amor proibido, perseguição religiosa e conflitos sociais, Griffith explora as consequências da intolerância, convidando o espectador a refletir sobre a importância da tolerância e da compaixão.
Um marco na História do Cinema:
- “Intolerância” foi um dos filmes mais caros já produzidos na época.
- O filme lançou novas técnicas de filmagem e edição.
- A trilha sonora, composta por Joseph Carl Breil, era inovadora para a época e intensificava o impacto emocional das cenas.
Apesar de ser um sucesso comercial inicial, “Intolerância” também gerou controvérsias devido à sua representação da Ku Klux Klan, que foi vista como glorificação do grupo. Griffith sempre defendeu que a cena não tinha a intenção de glorificar a organização e sim mostrar o horror da intolerância racial. No entanto, a polêmica marcou o filme para sempre.
Um Legado Indestrutível:
Apesar das controvérsias, “Intolerância” é reconhecido como um marco na história do cinema. Sua narrativa épica, sua linguagem cinematográfica inovadora e seus temas universais continuam a fascinar e inspirar gerações de cineastas e cinéfilos. Hoje, o filme é considerado uma obra-prima do cinema mudo e uma ode poderosa à tolerância e ao perdão.
Intolerância: Uma Jornada Visual Através dos Séculos?
Embora seja um filme longo, “Intolerância” prende a atenção do espectador do início ao fim. A narrativa flui naturalmente entre as diferentes histórias, criando uma experiência cinematográfica única e inesquecível.
Para aqueles que apreciam o cinema clássico, “Intolerância” é uma obra-prima imperdível. É um filme que transcende o tempo, mostrando a força do amor, a fúria da intolerância e o poder da redenção.